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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Articuladores do Juventude Viva planejam estratégias 2014

No intuito de avançar no enfrentamento à violência contra a juventude negra, aconteceu durante a manhã e tarde de terça-feira  (04/02) o encontro dos articuladores do Plano Juventude Viva na sede da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), em Brasília. Representantes da sociedade civil organizada e pesquisadores, oriundos de dez estados brasileiros estão presentes para reforçar o pacto de trabalho conjunto com a SNJ e planejar as estratégias de atuação para 2014.
O Plano Juventude Viva é uma das prioridades da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR), por meio da SNJ e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SPPIR). A ideia é poder enfrentar a violência contra a juventude brasileira, especialmente os jovens negros, que são as principais vítimas de homicídio no País, segundo dados do Ministério da Saúde.
Índices
Os índices de mortalidade da juventude negra são alarmantes. Mais da metade (53,3%) dos quase 50 mil mortos por homicídios em 2010 no Brasil eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e pardos) e 91,3% do sexo masculino. "Em São Paulo, as políticas de segurança ainda são muito reacionárias e conservadoras. É uma perseguição cotidiana ao sujeito negro. Como articuladores, queremos aproximar a sociedade civil e o governo para diminuir essa violência", explica Juliana Kitangi, articuladora do Juventude Viva em São Paulo.
Para Severine Macedo, secretária nacional de juventude, “o Juventude Viva é uma agenda em construção. Pela primeira vez no País conseguimos pautar a temática da juventude negra de maneira positiva", afirmou. A secretária também frisou a importância da discussão sobre os “rolezinhos” e das manifestações de junho de 2013 para pautar ainda mais o tema na sociedade. “O dia-a-dia nas periferias ainda é muito difícil. O preconceito racial ainda é muito forte entre as pessoas, não podemos deixá-las conservadoras”, disse.
Como encaminhamento, os jovens articuladores agora devem fazer uma sistematização e mapeamento de todas as experiências desenvolvidas a partir do Plano desde a sua implementação, em 2012. Além disso, continuam os esforços conjuntos para a criação de oportunidades de inclusão social e autonomia, oferta de equipamentos, serviços e espaços públicos de convivência em territórios que concentram altos índices de homicídio. “Queremos fortalecer a sociedade em prol da vida da juventude negra. Os jovens também podem contribuir com essa luta na nossa comunidade no Participatório da Juventude”, propõe Lula Rocha, articulador do Juventude Viva no Espírito Santo.
Qual é o papel de um articulador do Juventude Viva?
Os articuladores do Juventude Viva são jovens da sociedade civil organizada e pesquisadores sobre juventude negra selecionados via edital. Dentre suas atividades principais, eles têm a responsabilidade de mapear as políticas de enfrentamento à violência contra a juventude negra existentes nos seus municípios, instigar gestores para aplicação do Plano Juventude Viva e promover debates de sensibilização à causa na sociedade.

http://participatorio.juventude.gov.br/blog/view/90323/articuladores-do-juventude-viva-planejam-estrategias-2014

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